Sono e fadiga podem afetar diretamente o ato de dirigir

Sono e fadiga podem afetar diretamente o ato de dirigir

Reconheça os sinais de quando se deve parar e o que fazer

A segurança no trânsito é uma preocupação constante para autoridades, motoristas e pedestres. Entre os fatores que comprometem essa segurança, o sono e a fadiga destacam-se como a terceira maior causa de acidentes de trânsito no Brasil, conforme levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). 

O impacto do sono e da fadiga na condução

Dirigir requer atenção contínua e reflexos rápidos. No entanto, quando o motorista está com sono ou fadigado, a capacidade de reagir adequadamente às situações de trânsito diminui significativamente. Isso se deve a uma série de fatores fisiológicos e cognitivos que comprometem a concentração, a visão e o tempo de resposta.

Segundo a Abramet, o sono e a fadiga são responsáveis por uma significativa parcela dos acidentes de trânsito, ficando atrás apenas do uso de álcool e drogas ao volante e do excesso de velocidade. Dois em cada dez acidentes de trânsito são provocados por algum distúrbio do sono ou pelo excesso de cansaço.

Logo, a Associação Brasileira de Neurologia (ABN) também trouxe dados preocupantes ao realizar uma pesquisa com 495 condutores, na qual cerca de 40% relataram já terem dirigido em zigue-zague na pista devido à sonolência. Essas estatísticas alarmantes ressaltam a necessidade urgente de conscientização e prevenção para reduzir o número de ocorrências e preservar vidas.

Sinais de risco: quando o motorista deve parar?

Reconhecer os sinais de sono e fadiga é essencial para prevenir acidentes. Alguns dos principais sinais incluem:

  • Dificuldade de concentração: O motorista sente necessidade de se esforçar para manter o foco na estrada.
  • Visão desfocada: Os olhos perdem o foco e torna-se difícil mantê-los abertos.
  • Cabeça pesada: A sensação de peso na cabeça indica que o corpo está prestes a adormecer.
  • Bocejos constantes: Bocejar repetidamente é um claro indicativo de cansaço.
  • Pensamentos vagos e desconexos: A mente começa a divagar, perdendo a conexão com a realidade do trânsito.
  • Pequenos desligamentos: O veículo apresenta desvios na trajetória, indicando pequenos cochilos.

Esses sinais não devem ser ignorados, pois representam um alto risco de acidentes graves. Para evitar que o sono e a fadiga comprometam a segurança no trânsito, é importante adotar algumas práticas recomendadas:

  • Pausas regulares: Durante viagens longas, fazer paradas a cada duas horas para descansar.
  • Sono adequado: Garantir uma boa noite de sono antes de pegar a estrada.
  • Hidratação e alimentação: Manter-se hidratado e alimentado ajuda a manter a energia e a concentração.
  • Evitar dirigir em horários de pico de sono: Evitar dirigir entre meia-noite e seis da manhã, quando a sonolência é mais intensa.
  • Uso de carona e transporte público: Quando possível, optar por alternativas ao volante, como caronas e transporte público.

Além dos riscos iminentes da condução nessas condições, o condutor pode ser autuado caso o agente de trânsito identifique falta de atenção ao volante, conforme o art. 169 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que caracteriza como infração de natureza leve dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança. Nesse caso, o condutor terá que pagar multa de R$ 88,38 e receberá três pontos na CNH. Em caso de dúvidas ou para realizar a verificação da autuação basta realizar uma consulta no Detran-PR ou o de referência do seu estado.

Essas são algumas maneiras que os estados encontram de aumentar as arrecadações para investir nas vias, melhorando e garantindo a segurança dos condutores e pedestres. No entanto, é de extrema importância que os condutores também façam a sua parte, reduzindo comportamentos de risco como dirigir sob condições de sono e fadiga, embriaguez e altas velocidades. Dessa forma, com todos colaborando para vias mais seguras, será possível reduzir esses dados alarmantes.