No Museu do Futebol, que fica no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, há painéis com diversas expressões que surgiram a partir do universo da bola. Isso é uma prova de como as gírias do futebol estão incorporadas ao vocabulário do brasileiro.
O futebol é mais do que um esporte, é uma paixão que une pessoas de diferentes culturas e classes sociais. Para se sentir à vontade em uma roda de amigos, nas apostas online ou apenas quer entender melhor as transmissões de jogos, aqui estão algumas das gírias que você precisa conhecer.
Bola na Rede
Talvez uma das expressões mais desejadas por qualquer jogador e torcedor, afinal “bola na rede” é sinônimo de gol. Embora a expressão seja simples, ela carrega todo o peso e a emoção do momento mais importante do futebol.
Caneleiro
É usada para descrever um jogador que não tem muita habilidade com a bola nos pés, ou que joga desajeitadamente, quase tropeçando nela. Este tipo de jogador costuma ser esforçado, mas falta-lhe a técnica apurada, o que pode acabar rendendo algumas risadas dos torcedores.
Fominha
Todo time tem aquele jogador que, ao invés de passar a bola para um companheiro melhor posicionado, prefere tentar resolver sozinho, perdendo geralmente a jogada. Esse é o “fominha”. Essa é uma das gírias do futebol que é usada pejorativamente, para criticar jogadores que não colaboram com o time.
Gol de Placa
“Gol de placa” é uma expressão usada para descrever um gol tão bonito e extraordinário que merece ser lembrado para sempre.
A origem do termo remonta a 1961, quando Pelé marcou um gol histórico no Maracanã, driblando diversos jogadores do Fluminense antes de concluir com precisão. O gol foi tão marcante que uma placa foi colocada no estádio em sua homenagem.
Zebra
Esta talvez seja a gíria favorita de quem faz esporte bet. No futebol, “zebra” é o termo usado para descrever um resultado inesperado, quando um time considerado mais fraco vence ou empata com um adversário muito superior.
A expressão teria origem nas corridas de cavalo, onde a zebra seria o animal menos provável de vencer, caso participasse.
Apagão
O “apagão” é uma gíria usada para descrever um momento de desconcentração ou desorganização de uma equipe durante o jogo. Esse período pode ser curto, mas é o suficiente para o adversário aproveitar e marcar gols, o que pode custar caro para o time que “apagou”.
Cera
Quando um time está ganhando e quer fazer o tempo passar mais rápido, seus jogadores podem começar a fazer “cera”. Isso inclui fingir lesões, demorar nas cobranças de faltas, escanteios ou tiros de meta para segurar o jogo.
A “cera” é amplamente criticada pelos torcedores adversários e pode resultar em punição por parte do árbitro, mas é uma estratégia que muitos times usam para segurar uma vitória.
Banheira
Estar na “banheira” é estar em posição de impedimento, quando o atacante se coloca à frente da linha de defesa antes de a bola ser passada para ele.
A expressão é uma metáfora, sugerindo que o jogador está relaxando, fora de posição, como se estivesse em uma banheira. Embora engraçada, estar na banheira pode anular uma jogada de ataque promissora.
Matador
O “matador” é aquele atacante que vive de fazer gols. Ele é oportunista, sempre bem posicionado e não costuma desperdiçar chances na frente do gol. Muitos dos maiores artilheiros do futebol mundial são conhecidos como matadores, devido à sua capacidade de decidir jogos com um único toque na bola.
Firula
É uma gíria usada para descrever dribles ou jogadas de efeito que não têm necessariamente a intenção de avançar no jogo, mas sim de impressionar ou humilhar o adversário.
Embora a firula possa ser divertida para a torcida, é criticada quando o jogador a utiliza em momentos impróprios, ao invés de jogar de forma objetiva.
Muralha
Quando um goleiro faz uma série de defesas impressionantes, impedindo que o adversário marque gols, ele é chamado de “muralha”. Essa expressão valoriza o papel do goleiro e é um grande elogio à sua performance em campo.
Catimba
É uma das gírias do futebol usada para descrever o comportamento de um time ou jogador que tenta desestabilizar o adversário com provocações ou simulações de falta. A catimba é usada para quebrar o ritmo do jogo e desconcentrar os adversários, especialmente em jogos tensos e decisivos.