O processo natural do corpo se torna um problema quando ocorre em excesso.
Ao praticar exercícios ou ficar em ambientes quentes, ele vai estar lá: o suor. Para muita gente, essa produção é um verdadeiro incômodo, deixando roupas molhadas e causando mau cheiro.
Assim, é normal que muitas pessoas procurem ao menos uma camiseta antissuor no armário para evitar sofrer com o suor.
E isso é ainda mais importante para quem é diagnosticado com hiperidrose. Mas afinal, o que é isso? Qual a diferença dessa condição para a sudorese? Entenda no texto abaixo.
O que é sudorese?
A produção de suor que acontece no organismo recebe o nome de sudorese. Essa é uma ação normal do corpo, responsável pela regulação da temperatura corporal, sendo um dos processos vitais mais importantes do organismo.
É graças a sudorese que o corpo não entra em choque quando estamos em um ambiente quente, praticando exercícios ou em casos de febre.
Assim, apesar de causar desagrado em muitas pessoas, o suor é fundamental para o bom funcionamento do corpo no dia a dia.
O que é hiperidrose?
Já a hiperidrose se refere a um problema de suor excessivo, com o organismo produzindo mais suor do que o necessário para regular a temperatura do organismo.
Esse é um problema que afeta cerca de 2% a 3% da população, afetando negativamente a vida das pessoas, tanto fisicamente quanto emocionalmente, já que abala a autoestima e confiança.
Muita gente não sabe que a hiperidrose é um problema. Alguns até pensam que a produção de suor delas é normal. Ela pode se manifestar de duas formas: generalizada, quando ocorre em todo corpo, ou focal, quando atinge partes específicas, como sola das mãos e dos pés, axila e abaixo das mamas.
Alguns sinais ajudam a identificar se a pessoa sofre de hiperidrose: mão sempre suada, dificuldade de utilizar sapatos fechados devido ao suor nos pés, roupas muito molhadas (sobretudo na região da axila), sendo obrigado a trocar de camisas muitas vezes ao longo do dia, além de acordar muito suado.
Problemas
O suor em excesso pode desencadear alguns problemas para o indivíduo, por não ser algo agradável e desejável. Entre eles, estão algumas questões psicológicas, como ansiedade e isolamento social.
Essa condição também leva à bromidrose, que é o mau odor corporal persistente, mesmo que a pessoa se higienize corretamente e com frequência.
Outro problema possível devido à hiperidrose é o intertrigo, uma infecção na pele causada por um fungo que pode surgir em áreas úmidas e abafadas, como axila, abaixo dos seios, virilha e entre os dedos dos pés.
Tratamento
O tratamento da hiperidrose depende da determinação da causa da condição por um dermatologista. A partir dessa análise, há algumas opções que podem amenizar a condição.
Uma delas é o uso de fortes antitranspirantes, que contribuem para a redução do suor nas áreas afetadas.
Também há a possibilidade do uso de medicamentos, como drogas anticolinérgicas que podem impedir a estimulação das glândulas sudoríparas.
Entretanto, apesar da eficácia, esse método é pouco receitado, pois causa efeitos colaterais como tonturas, boca seca e problemas de micção.
Outra alternativa é a aplicação da toxina botulínica tipo A em regiões como mãos, pés e axila. Ela consegue bloquear, temporariamente, a sudorese nessas regiões, sendo que o principal inconveniente desse método é a dor na aplicação.
Por fim, em casos bem raros, existe a possibilidade de fazer a simpatectomia torácica endoscópica (STE). Esse procedimento cirúrgico desliga o sinal que comunica ao corpo que ele deve suar excessivamente, sendo indicado para casos graves em que as palmas das mãos e plantas dos pés são acometidas.
Porém, a principal complicação é o início do suor em outras áreas do corpo, chamada hiperidrose compensatória.